Conta ele:
A tarefa para tornar-me a Divindade da Segurança pareceu-me simples, porém árdua.
Deveria eu, manter sobre a areia de uma praia um navio. Sem permitir que o balanço e o
movimento das ondas e das marés, levassem o navio para o mar.
Optei por amarrá-lo com cordas, fincando profundas estacas na areia para que o balanço
das ondas não o levasse para a água.
Depois de muito amarrar e de fincar estacas profundas e resistentes, percebi que o vai
e vem das ondas, carregava a areia embaixo do navio.
Decidi por repor a areia que escorria com a água do mar.
Durante dias carregava a areia de outros pontos da praia, para jogar embaixo do navio
e mantê-lo imóvel.
Foi um trabalho árduo, pesado e cansativo. Mas assim, permanecia o navio atracado na
areia.
Durante anos seguidos, aprofundava as estacas.
Trocava as cordas frágeis e repunha a areia embaixo do navio.
Cumpri o meu objetivo.
Ao terminar o prazo o navio permanecia atracado na areia da praia.
Fiquei muito satisfeito, pensando ter cumprido minha tarefa.
Retornei ao Deus dos Deuses, para receber meu reconhecimento.
E ele disse-me:
- Quanto tempo passastes prendendo o navio na areia ?
- Quatro anos.
- Foi um trabalho fácil ?
- Não senhor. Foi árduo, cansativo e de muita dedicação.
Pois, a maré muda durante o dia e durante a noite.
E, a cada mudança de maré tinha que bater estacas, revisar as cordas e repor a areia.
- Muito bem - disse o Deus dos Deuses - volte a praia e solte o navio. E, permaneça
mais quatro anos observando-o.
Assim fiz. Soltei o navio e permaneci, observando-o , por mais quatro anos.
E, pude verificar que devido ao seu peso, mesmo solto, as ondas não conseguiam levá-lo
para o mar.
E, foi assim que para tornar-me a Divindade da Segurança, tive que aprender que a
segurança é adquirida pela movimentação e não através da estagnação.
E atendo pelo nome de CATOOIP ou POCIATO.
Percorro o universo aproximando-me das pessoas para estruturar suas jornadas cósmica.
Gerando movimentação em suas vidas.
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