Negócios Regidos por Números e Astros

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     A serviço da Evolução Pessoal

     “A finalidade principal de um estudo numerológico é favorecer o crescimento pessoal, como instrumento para o autoconhecimento”, explica a numeróloga e administradora de empresas Anua Marya Schneider. Ela explica que o nome, a data de nascimento e as próprias palavras que utilizamos têm um poder e uma compreensão ocultos. “A numerologia interpreta e estuda essa energia, que revela o aspecto qualitativo dos números”, acrescenta. Estudiosa do tema há pelo menos 15 anos, há dez Anna (a grafia de seu nome não é por acaso) se dedica exclusivamente à orientação a pessoas físicas e jurídicas a partir dos princípios desta ciência, associada também ao tarô e à cabalística.

     Graças aos princípios teóricos e práticos da administração, ela não só conquistou credibilidade junto ao meio empresarial, como também os conhecimentos necessários para prestar uma consultoria completa. E são inúmeros os clientes cativos e permanentes que atende. “Creio que estão todos satisfeitos, pois ninguém jamais reclamou que não houve resultado”, garante. Quando uma empresa já constituída solicita seu auxílio, Anna faz uma verdadeira devassa numérica em sua trajetória.

Anna Marya: o nome, a data de nascimento e até as
próprias palavras que utilizamos têm poder oculto.

     AVALIAÇÃO - A data de fundação, o nome de registro e o fantasia, os nomes e as assinaturas dos sócios, bem como suas datas de nascimento, servem para traçar o perfil do empreendimento. “Só que geralmente os números que traduzem todos esses aspectos não apresentam harmonia energética. Por isso, são feitas as alterações, que devem estar de acordo com os objetivos e interesses da firma”, esclarece a numeróloga. Exemplos de que a combinação adrninistração-numerologia pode mesmo dar bom resultado Anna tem de sobra, mas ela prefere manter a clientela em sigilo e relatar apenas as experiências.

     A numeróloga conta, por exemplo, que há alguns anos um industrial procurou pelos seus serviços pensando em mudar a razão social ou o nome-fantasia de sua firma para sair do vermelho. Acabou levando como sugestão que decretasse o quanto antes a concordata, para evitar a falência. “Ele não aceitou meu parecer administrativo, pois acreditava que minha análise se limitava à numerologia. Só que os números não podem fazer milagres”, reconhece Anna. Final da história: o empresário acabou tomando por si mesmo a decisão, e hoje não fecha nenhum negócio sem um estudo numerológico prévio.
 

 

Reportagem Publicada pelo Jornal ABC, em 25 de abril 1999

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