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Negócios Regidos por Números e Astros
[continuação]
Mapa astral pode garantir emprego
Bem mais conhecida que a numerologia — e pagando pela popularidade com a
distorção de seu significado a astrologia também é cada vez mais
valorizada. Mas ainda assim, são poucos os empresários gaúchos que
admitem que os astros têm influenciado negócios e contratações de
pessoal. “Aqui, ainda há muita resistência e preconceito”, afirma a
astróloga Lourdes Maria Dagostini, comparando o Estado com o Rio de
Janeiro e São Paulo. Há dez anos no ramo, ela tem uma clientela que
passa de mil pessoas físicas, contra apenas três jurídicas.
Assim como a data de nascimento de uma pessoa, o dia em que um
empreendimento passou a existir permite a elaboração de seu mapa astral.
A chamada carta astrológica natal é o guia que mostra um caminho já
traçado. E como uma fotografia do céu, que revela exatamente como ele se
encontrava no momento, hora e lugar de um nascimento. “Esse retrato da
posição dos astros simboliza a missão de uma pessoa ou negócio que
passou a existir naquele instante. E isso que possibilita as previsões”,
explica Lourdes.
A astróloga esclarece que o conhecimento da carta astrológica permite
avaliar se um indivíduo, produto ou serviço está cumprindo seu desígnio
naturalmente. “Todos somos pré-destinados, mas nada na astrologia é
cegamente determinante. Acima de qualquer coisa, existe o
livre-arbítrio”, ressalva. Portanto, o mapa indica apenas
potencialidades, como capacidade de superar obstáculos, de criar, de
reagir. “Analisando um produto que está tendo pouca aceitação, por
exemplo, é possível avaliar se ele está ou não em consonância com seu
desígnio e, então, propor mudanças”, exemplifica.
Em algumas empresas, a astrologia é utilizada como mecanismo de
recrutamento de pessoal e aproveitamento dos funcionários de acordo com
suas potencialidades. A avaliação do mapa astral de candidatos a vagas
é, muitas vezes, o último detalhe que determina se A ou B será
contratado. “A carta astrológica revela características que indicam
maior ou menor aptidão para determinadas funções”, garante Lourdes.
O sucesso buscado na troca de nome
A busca de orientação numerológica para mudanças em nomes próprios e
para escolha de nomes para bebês são cada vez mais comuns. No caso dos
recém-nascidos, os pais querem batizar os filhos com nomes que estejam
de acordo com a energia que desejam para eles. Personalidades famosas,
como Sandra de Sá (antes Sandra Sá), Marina Lima (Marina) e Jorge Ben
Jor (Jorge Ben), ajudaram a popularizar a numerologia. Conforme Anna,
modificações radicais raramente são sugeridas, até para evitar problemas
com a legislação.
O artigo 58 da lei 6015/78 diz que o prenome é mutável apenas quando
expõe uma pessoa ao ridículo, sendo que a alteração poderá ser
solicitada somente no primeiro ano apos a maioridade civil. Na falta de
algum patronímico (sobrenome de algum antepassado), é permitida sua
inclusão. Esse recurso é bastante usado pela numerologia para que se
possa adaptar melhor o nome à pessoa. Já a lei 9708/98 prevê também a
possibilidade de que pessoas com nomes artísticos ou outros prenomes
conhecidos publicamente possam juntá-los aos seus nomes originais. É o
caso, por exemplo, da apresentadora Xuxa.
NOVO CAMINHO - "O nome é uma programação de vida. É claro que não se
pode mudar essa estrada definida pela data de nascimento e pelo registro
de batismo, mas dá para melhorar o caminho. E como uma plástica. que não
altera a idade, mas a aparência". compara Anna. Segundo a numerologia, a
maneira como a pessoa se revela através da assinatura também deve ser
considerada. Assim, embasada em noções de grafologia, grande parte das
modificações de nomenclatura que ela propõe se limitam à introdução ou
supressão de fonemas e à forma de grafá-los.
A dona de casa Elvani Flores Schneider, de 36 anos, não deu ouvidos à
numerologia quando seu primeiro filho nasceu. Decidida a registrá-lo
como Felipe, ela e a família desconsideraram os conselhos da cunhada
Anna - na época, se iniciando na ciência dos números -, que constatou
que o nome do sobrinho equivalia a um número caracterizador de doenças
raras. “Aos 3 anos, ele teve uma enfermidade grave e quase morreu. Aí,
recordei o antigo alerta”, conta Anna. Depois disso, Elvani teve
problemas com o marido. Os dois estavam separados quando ela resolveu
trocar sua assinatura, que lhe trazia problemas afetivos. “Ele também
modificou sua maneira de assinar, e hoje estamos novamente juntos, e
muito bem”, diz Elvani.
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